terça-feira, 12 de junho de 2012

Poesia O SOL (Malabarista do Sinal)




O SOL

 (Malabarista do Sinal)


O Sol Bate do lado, Bate de frente, Por traz, Cima e baixo.
Racha o crânio, Cozinha o cérebro, Torra os neurônios.
Penetra e resseca a pele, Evapora.
Ardente! Transforma o asfalto numa chapa.
Multiplica-se nos pára-brisas e nas janelas dos veículos.
Fervente! Parece estar de olho no malabarista do sinal.
A resistência o abandona aos poucos, o sorriso e os movimentos antes espontâneos enferrujam.
O desejo de desistir lhe abita, o tempo Pará Por algum momento.
Os sons se exaltam, buzinas, motores, freios e arranques.
A água refresca a boca, a face coberta pela maquiagem, a cabeça e o corpo do malabarista do sinal.
Retomada a motivação pelo desejo de buscar outra realidade, noutros movimentos desafiando o vento, equilibrando no tempo, jogando seus instrumentos dominados no espaço.
Malabarista do sinal...
Vermelho, Pare!
O espetáculo vai começar.
Emanuel Cruz


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