sábado, 19 de novembro de 2011







Estamos aqui pra dizer algo...
Estamos aqui pra nos mostrar, Aparecer!
Estamos aqui pra nos incluir...
Queremos também dançar a musica que tu danças...
Queremos também comer do pão que tu comes...
Queremos também beber do vinho que tu bebes...
Mas não queremos só comida...
Queremos saída para qualquer parte!
Não queremos só bebida...
Queremos saber o que tu sabes!
Algo a dizer é o que queremos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Malabarismo





Se a vida é um malabarismo?
Decerto que sim.
Mas isso de filosofar sobre a puta da vida é tão entediante que não vou agora pôr-me aqui a dizer coisas e mais coisas que toda a gente sabe.
Prefiro contar como foram estes dias passados com o malabarista – uma divertida maneira de passar o tempo. Ele falava naquilo da integração corpo-mente e não me parece que tenhamos ficado muito aquém. Desde eventos para empresas a festinhas familiares fizemos de tudo. Serviu-se sempre das diversas partes do corpo, principalmente das mãos, mas também dos pés, dos braços e da cabeça. Querem coisa mais completa?

Do contacto próximo com a arte concluí que não se deve ter medo de tentar; e se não funcionar da primeira vez, não se desiste e tenta-sede novo e de novo. É este o conselho que posso dar-vos.


Como foi?

Foi bom porque meteu muita destreza, muita devoção e sobretudo muitas bolas. Todas manobradas com exímia perfeição e um cuidado extremo.
Se gostei?
Digamos que sim, mas confesso que já andava um pouco enfastiada. Vou agora à procura de formas mais anatómicas!


Domingo, Julho 01, 2007

Fausta no Circo


Perguntaram-me se preferia pão ou circo.
Um bom Pão seria um singular desejo… mas… a esgotar-se rapidamente na estreia, que o pão é nutriente mas não se multiplica.
A opção Circo era mais vasta e diversificada por isso a minha preferência foi esta até porque a promessa de magia deixou-me a salivar.
Assim, era-me dado escolher entre a diversidade da oferta:
Havia o ilusionista, que dominava a arte de entreter criando ilusões. Não servia. Gosto de entretenimento a sério e de ilusões já tive a minha conta.
Havia o homem-bala, que era um tiro certeiro. Não servia. Não gosto de ser alvejada assim, a toque de percussão.
Havia o palhaço, que costuma fazer rir mesmo sem ter vontade. Não servia. Gosto de um boa gargalhada mas detesto homens choninhas.
Havia o engolidor de fogo, homem de peito grosso e depilado, não fosse o diabo tecê-las. Não servia. Não gosto de bocas lambuzadas e de tipos alambazados; a engolir, que seja eu, já que nem sempre posso estar em brasa.
Havia o homem do pêndulo, equilibrando-se ali direito que nem um fuso. Não servia. Pendentes já os conheço de outras fitas e palavra que já não tenho pachorra para os içar.
Havia o domador de leões, de chicote na mão e voz de comando, o bravo da acção, o destemido. Não servia. Ousadia a mais tira o encanto a qualquer cena e eu, fera, depois de amansada nunca mais seria a mesma.
Havia o contorcionista, o que representa o drama com as flexões do corpo. Não servia. Era homem demais para mim; pôr-me-ia de rastos em três tempos, que a elasticidade de um artista assim, deixa uma mulher assarapantada naquele múltiplo estica-encolhe.

Escolhi o malabarista: prometia o desafio das leis da gravidade, o domínio e o controlo no manejo dos materiais…

Fico com ele por uma noite. Dir-vos-ei depois como foi.