domingo, 17 de junho de 2012

Uma Mensagem para o Espírito

CURA E CARIDADE
Por Chico Xavier

Cada vez que nos reportamos aos serviços da cura, é justo pensar nos enfermos, que transcendem o quadro         
da diagnose comum.

Enxameiam, aflitos, por toda parte, aguardando medicação.

Há os que cambaleiam de fome, a esmolarem doses de alimentação adequada.

Há os que tremem desnudos, requisitando a internação em roupa conveniente.

Há os que caem desalentados, a esperarem pela injeção de bom ânimo.

Há os que se arrojaram nos tormentos da culpa, rogando tranquilizantes do esquecimento.

Há os que se conturbam nas trevas da obsessão a pedirem palavras de luz por drágeas de amor.

Há os que choram de saudade nos aposentos do coração, suplicando a bênção do reconforto.

Há os que foram mentalmente mutilados por desenganos terríveis, a suspirarem por recursos de apoio.

E há, ainda, aqueles outros que se envenenaram de egoismo e frieza, desespero e ignorância, exigindo a terapêutica incessante da desculpa incondicional.

Ajuda, sim, aos doentes do corpo, mas não desprezes os doentes da alma, que caminham na terra aparentemente robustos, carregando enfermidades imanifestas que lhes consomem o pensamento e desfiguram a vida.

Todos podemos ser instrumentos do bem, uns para com os outros.

Não esperes que o companheiro se acame prostrado ou febril para estender-lhe esperança e remédio.

Auxilia-o, hoje mesmo, sem humilhar ou ferir, de vez que a verdadeira caridade, tanto quanto possível é tratamento indolor da necessidade humana.

Os emissários de Cristo curam os nossos males em divino silêncio.

Diante dos outros, procedemos nós igualmente assim.

Emmanuel 

IDEAL ESPÍRITA

terça-feira, 12 de junho de 2012

Poesia O SOL (Malabarista do Sinal)




O SOL

 (Malabarista do Sinal)


O Sol Bate do lado, Bate de frente, Por traz, Cima e baixo.
Racha o crânio, Cozinha o cérebro, Torra os neurônios.
Penetra e resseca a pele, Evapora.
Ardente! Transforma o asfalto numa chapa.
Multiplica-se nos pára-brisas e nas janelas dos veículos.
Fervente! Parece estar de olho no malabarista do sinal.
A resistência o abandona aos poucos, o sorriso e os movimentos antes espontâneos enferrujam.
O desejo de desistir lhe abita, o tempo Pará Por algum momento.
Os sons se exaltam, buzinas, motores, freios e arranques.
A água refresca a boca, a face coberta pela maquiagem, a cabeça e o corpo do malabarista do sinal.
Retomada a motivação pelo desejo de buscar outra realidade, noutros movimentos desafiando o vento, equilibrando no tempo, jogando seus instrumentos dominados no espaço.
Malabarista do sinal...
Vermelho, Pare!
O espetáculo vai começar.
Emanuel Cruz